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A droga
Cetrino

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Capa_Cetrino

Depoimento de Júlia Barra Frazão

 

A medida que a noite avança sobre a cidade uma atmosfera sombria e enigmática começa a se manifestar. É nesse palco de desesperança que a venda de Cetrino revela suas garras. Nas ruas escuras e becos sujos, adolescentes perdidos são envolvidos nessa teia venenosa, mergulhando em um pesadelo que eles nem sequer entendem. A venda do Cetrino ocorre de forma sorrateira, em pontos obscuros e discretos. Em uma esquina sombria, um vendedor clandestino sussurra palavras tentadoras a adolescentes incautos, seduzindo-os com promessas de fuga da realidade e prazeres ilusórios. É uma droga insidiosa, pois sua aparência inofensiva e a falta de reconhecimento como uma substância ilícita iludem os adolescentes. Eles acreditam que estão apenas experimentando algo inofensivo, uma diversão momentânea que não terá repercussões, mas à medida que a droga toma conta de suas mentes e corpos, suas vidas começam a se desintegrar lentamente. Os jovens olhos se dilatam revelando uma fome ardente que só os viciados podem entender. O coração deles palpita com uma ansiedade nervosa, ecoando o chamado irresistível da droga que os consome. Vejo mãos trêmulas passarem dinheiro furtivamente para os vendedores, cujos rostos sombreados estão mascarados pela cobiça e pela crueldade. Em troca, eles deslizam pequenos pacotes nas mãos trêmulas dos jovens, fechando negócios sujos em um piscar de olhos. É uma dança macabra, um mercado obscuro que floresce em meio as ruas sujas. O cheiro acre e metálico da saliva grossa paira no ar, uma fragrância intoxicante que atiça meus sentidos. É uma mistura de desespero e êxtase, um aroma carregado de anseios e autodestruição. É a promessa fugaz de uma fuga da realidade, uma fuga que os leva cada vez mais para dentro do abismo. Enquanto observo essa cena sombria se desenrolar, sou incapaz de evitar a sensação de repugnância que me envolve. Meu próprio ser, com sua sede insaciável e propensão à escuridão, reconhece a autodestruição que acompanha esse comércio clandestino. Sinto um lampejo de compaixão por esses jovens perdidos, cativos de suas próprias fraquezas e desespero. Neste ambiente sombrio, sou uma testemunha silenciosa, observando e absorvendo cada detalhe com frieza vampírica. A vida noturna da cidade baixa se desenrola diante de mim, expondo as fraquezas e as trevas que afligem a humanidade. E enquanto permaneço aqui, enraizado nas sombras, sinto uma agonia silenciosa diante do ciclo interminável de autodestruição que perpetua esse comércio ilícito. Rumores sombrios insinuam que essa droga é fabricada com o sangue dos Kindred. O conhecimento dessa possibilidade desperta em mim uma mistura perversa de temor e ira, reacendendo antigas feridas que ainda sangram em meu coração vampírico. Já perdi um irmão vampiro para a escuridão insondável deste mundo. A memória de sua morte ainda assombra minha existência, alimentando minha sede de justiça e vingança. Ver essa venda desenfreada do Cetrino me torna simultaneamente imponente e frágil, pois sei que mergulhar em uma batalha contra esse sistema impiedoso pode levar-me a descobrir uma verdade mortal e desconhecida. Eu anseio por justiça, desejo ardentemente descobrir os responsáveis por essa crueldade, mas também temo o que encontrarei ao enfrentar as sombras. O medo se entrelaça com minha determinação, alimentando a incerteza sobre quem é amigo ou inimigo nesse jogo sangrento. Sinto-me acorrentado a uma incerteza paralisante. Não sei se estou pronto para enfrentar as consequências de desafiar o sistema que perpetua essa desgraça. O medo de perder mais entes queridos, de arriscar minha própria existência, sussurra em minha mente como uma voz sinistra, lembrando-me dos perigos que espreitam nas sombras. Assim, permaneço aqui, um observador solitário, nutrindo minha fúria reprimida e buscando respostas nas sombras que envolvem a cidade baixa. Meus olhos percorrem o cenário com uma intensidade sombria, enquanto meu coração se debate entre o desejo de vingança e o medo de perder mais uma vez. O caminho que escolho está envolto em incerteza, mas não posso mais ignorar o chamado da escuridão que clama por justiça.

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Depoimento de Nikolas Barbalho Gomide

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Para um vampiro, o gosto do Cetrino é uma experiência única e contraditória. Enquanto muitos podem esperar que a droga seja amarga ou desagradável, para um ser sobrenatural com paladar sensível, o Cetrino é quase como uma iguaria proibida. A primeira sensação de frescor, quase como um frio etéreo que percorre a língua. A doçura do sangue permeia o sabor, mas é contrastada por uma pitada sutil de acidez, como um toque de raras emoções. O sabor é intenso e viciante, envolvendo o paladar com uma sedução sutil. Como um vinho requintado, o Cetrino se desdobra em camadas, revelando nuances que prendem os sentidos. Por um momento, é possível saborear as próprias emoções dos sangue foi usado para fabricar a droga - um lampejo de medo, ansiedade, desejo e, estranhamente, uma pitada de esperança perdida. Em resumo, uma mistura fascinante de prazer e culpa, de atração e repulsa. É uma iguaria que os vampiros sabem que devem resistir, pois atrás de sua doçura enganosa e promessas ilusórias, reside um caminho que leva à perdição. O gosto do Cetrino é singular e contraditório. Essa droga não é amarga ou desagradável, mas é quase como uma iguaria. Logo que toca meus lábios, sinto uma sensação de frescor, como um frio etéreo que percorre a língua. A doçura do sangue permeia o sabor, mas é acompanhada por uma pitada sutil de acidez, como um toque de raras emoções. É um gosto intenso e viciante, envolvendo meu paladar com uma sedução sutil. Semelhante a um vinho requintado, o Cetrino revela camadas e nuances que me prendem os sentidos. Por um breve momento, é como se eu pudesse saborear as próprias emoções daqueles cujo sangue foi usado para fabricar a droga - um lampejo de medo, ansiedade, desejo e uma pitada de esperança perdida. O sabor é uma fascinante mistura de prazer e culpa, atração e repulsa. Sinto que devo resistir, pois sei que, por trás dessa doçura enganosa e promessas ilusórias, há um caminho que leva à perdição.

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Premonição de Francesca Soveral Landim

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Em uma cela abandonada e escura as paredes estão descascadas e manchadas por umidade e sujeira, enquanto uma luz trêmula e amarelada ilumina o ambiente sombrio. O chão irregular está coberto por detritos e restos de materiais deteriorados ao longo do tempo. No centro da cela, encontra-se um Kindred acorrentado e imobilizado. Seu corpo está ferido, evidenciando a violência que sofreu. Algumas seringas e tubos, descuidadamente deixados ao redor, sugerem o método brutal pelo qual o sangue do Kindred é extraído. Em contraste com a figura debilitada do Kindred, um humano robusto e musculoso está presente, demonstrando sua força e habilidade ao reforçar as correntes que prendem o vampiro. A expressão determinada em seu rosto é fria e destituída de qualquer emoção, enquanto ele executa sua tarefa com precisão. A atmosfera é pesada e tensa, com um silêncio angustiante permeando o ar. Não há som, exceto o eco de passos distantes e o farfalhar sutil das correntes que mantêm o Kindred cativo. O cheiro de sangue impregna o ambiente, trazendo à tona a brutalidade da situação. É uma imagem sombria, um momento de crueldade. O cenário sujo e imundo reflete a essência da situação, onde a humanidade exerce sua força sobre a natureza sobrenatural do Kindred, deixando-o fraco e vulnerável em suas mãos implacáveis enquanto drena o resto de sangue que existia no corpo deste Kindred.

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Comunicação Interceptada

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Policial A: Ei, você ouviu falar dessa nova droga que está aparecendo aqui na cidade? Eu tenho visto relatos estranhos nos últimos dias.

Policial B: Sim, também ouvi falar sobre isso. Parece que está causando um verdadeiro caos por aí. Algumas das histórias que escutei são completamente surreais.

Policial A: É, eu também achei. O delegado está no nosso pé, diz que temos que ficar atentos a qualquer coisa suspeita nas ruas. Os efeitos desse negócio parecem ser realmente perigosos. O que você ouviu?

Policial B: Uma das coisas mais bizarras que ouvi é que os usuários estão sentindo uma vontade incontrolável de comer carne crua.

Policial A: Nossa, é realmente assustador, meio filme de zumbi, meio realidade. Já imaginou o tipo de situação que isso pode gerar? Um surto de canibalismo nas ruas.

Policial B: Sem dúvida. Essa droga está transformando as pessoas em verdadeiros zumbis famintos. Li também que um dos presos que pegamos outro dia até lambeu feridas de outros detentos. No depoimento ele disse que queria sentir o gosto dessa droga, que por sua vez é o mesmo das feridas.

Policial A: Nossa, isso é completamente nojento!

Policial B: Se essa droga está se espalhando, podemos esperar por mais ocorrências perturbadoras nas ruas.

Policial A: Com certeza.

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