Família
o'Gamatashi
A verdade dos Aida
Elizabeth Aida
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— Faz tempo que nós não fazemos uma daquelas festas. — Matheus estava no sofá, segurava um copo de cerveja enquanto desabotoava o botão de sua calça, sentando-se no sofá logo em frente a televisão.
— Que festa? — Pedro entrou na sala, ligando as luzes e arrancando um urro de dor de Matheus que logo colocou as mãos em frente aos olhos.
— As festas Pedro! Lembra de quando a gente fazia elas com o Daliel?
— Aquelas orgias sinistras que rolava pro Daliel se alimentar? — Rogério levantou a cabeça. Ninguém havia notado a sua presença. Quieto e reservado, Rogério estudava na mesa da sala sob a luz de uma fraca luminária.
— Não fala assim! — Pedro interviu. — Até rolava umas putarias, mas você sabe, o Dali era Ventrue e só se alimentava assim.
— Aham. — Resmungou Rogério. — Até parece que eu não sei que vocês aproveitavam aquela festa e eram completamente viciados.
— Você também é um Ghoul Rogério! — Completou Matheus.
— Sou sim, mas por obrigação.
— Bom, nós também, Lázaro disse que era isso ou a gente morria! — Gritou Pedro. — Só o Lucas mesmo pra nos manter vivo como Ghoul.
— Vocês não conseguem, né?
Os três se viraram assustados, Rogério esbarrando em sua luminária, Matheus virando sua cerveja e Pedro empalidecendo. Em frente a porta encontrava-se Lucas, parado, com sacos de supermercado e uma expressão triste em seu rosto. Ele caminhou em silêncio, deixou as compras sobre a mesa e logo sentou-se no sofá, suspirando fundo enquanto olhava para o chão de sua casa.
— Essa casa tá um nojo. — Ele continuou. — Eu fiquei quatro dias fora resolvendo as dificuldades da minha família, afugentando humanos e quando chego aqui vocês não conseguiram nem limpar o chão? — Ninguém falou. — Eu só fico acordado pela noite gente, vocês ficam o dia inteiro se quiserem, por favor, arrumem isso. Nós teremos visita.
— Visita? Quem? — Matheus perguntou motivado, já limpando a mancha no sofá com a camiseta que acabara de tirar.
— Vocês vão ver.
Como Ghouls, poucos são os que conseguem ir contra as ordens de seus metres e com Rogério, Matheus e Pedro, isto não poderia ser diferente. Logo que se levantou para ajudá-los, os quatro puseram-se a arrumar a casa, organizando todos os detalhes que conseguiam para a visita que receberiam. Abriram as cortinas, borrifaram perfumes, encomendaram rosas e limparam os tapetes, tudo para que quando a campainha tocasse, eles estivessem prontos. E quando ela por fim tocou, eles não estavam.
Quando a porta se abriu, Elizabeth Ainda se apresentou. Uma mulher ruiva, de cabelos volumosos e uma presença irresistível, cheirava a flores da primavera e se movia com a delicadeza de uma diva. Seus olhos percorreram os dos três humanos e logo que acharam o de Lucas, abriu os braços para abraçá-lo. Fazia tempo que não o via, fazia tempo que não conversaram.
— Fico feliz de você ter vindo. Desculpa a bagunça da casa.
— E eu fico feliz de você estar me recebendo. Não te preocupa, sabe que eu não sou ferrada da cabeça assim.
— Liza, estes são Pedro, Matheus e Rogério, meus Ghouls.
— Muito prazer. Lembro de vocês pelos relatórios que o Daliel fazia sobre as festas que organizava. Vocês estão bem? — Todos concordaram.
— E sobre o que você quer conversar Liza? — Lucas perguntou, retirando o casaco de sua amiga e puxando uma cadeira para que ela se sentasse.
— Muito obrigada. Bem, eu gostaria de conversar um pouco com você sobre os Gamatashi. Eu sei que você conviveu com a família por um tempo, mas gostaria de explicar para você tudo aquilo que eles não contam nos registros da família.
— Você não acha que isso seja perigoso?
— Pelo contrário Lucas. Acredito que isso possa lhe ajudar, uma vez que são poucos os que ainda estão vivos e de alguma forma eles podem querer voltar.
— Pois bem, minha atenção é sua.
Leoriel se vangloriava de sua ascendência, mas ele mesmo não veio de uma família influente. Seus antepassados, refugiados japoneses, fugiram de Hamamatsu para a Itália em busca de segurança. O que eles não esperaram é que encontrariam ainda mais miséria e preconceito. Situados em Palermo, na Sicília, a família não encontrou semelhantes para manter sua linhagem japonesa e se dispersou no gene Europeu, deixando para trás os aspectos físicos que um dia os marcaram como orientais. Em 1869 nasceu Leoriel o’Gamatashi. O filho mais velho de uma família de padeiros, um jovem que cresceu para trabalhar e trazer dinheiro para uma família de seis pessoas que dividia um único banheiro. Ele viveu sua vida com felicidade e ainda jovem encontrou o amor de sua vida, Giovanna Ettore, uma local que se apaixonou pelo homem que logo chamaria de marido. Seu relacionamento era proibido, Giovanna tinha posses, poder aquisitivo, mas Leoriel era desprovido de influência. A família Ettore não sabia e por vezes Giovanna dizia querer viajar para ver seus amigos, quando na verdade passava tempo na casa de seu namorado. Eles amadureceram e com isso tiveram o primeiro filho, William o’Gamatashi, um erro. Eles não podiam ter filhos, mas fora isso que aconteceu. A família Ettore não podia acreditar no que sua filha havia feito, constituído família com um padeiro. Eles tentaram proibir, abortar, mas nada foi efetivo. Giovanna teria o bebê e os Ettore ganhariam um herdeiro.
Sem ter como barganhar, a família decidiu investir no sonho de sua filha, ajudando a família Gamatashi a prosperar e expandir seu negócio. Os Gamatashi nunca viram tanto dinheiro quanto época. Contrataram funcionários, compraram terrenos, investiram no comércio local e se tornaram um nome reconhecido. Leoriel descobriu habilidades latentes. Era um ótimo negociante e um comerciante visionário. Ele criava e gerenciava suas lojas com tanto afinco que logo começou a se fazer presente nos jantares da família Ettore.
Dois anos depois eles deram à luz a mais uma herdeira, Margarida o’Gamatashi, a preferida dos Ettore. Quando completou quinze anos, nenhuma família da cidade se ausentou de sua festa, debutando como a mais bela das mulheres, a mais desejada e a mais polida e lapidada. Diferente de sua irmã, William era o rebelde, a ovelha que ninguém queria se aproximar, aquele que mais cedo ou mais tarde traria decepção a família. E assim o fez, tendo uma filha cuja mãe nunca soube quem era.
Mas retornamos a Leoriel. Famoso pelas suas habilidades administrativas e pela sua visão, ele e Giovanna foram marcados pela ganância, comprando negócios locais enquanto ouviam as notícias de uma tensão bélica que crescia a passos rápidos. Eles tinham planos de expandir os negócios, levariam o dinheiro consigo, mas para onde poderiam ir? Não queriam estar em meio a guerra.
Eles pensaram e decidiram investir no Brasil, um país longe da guerra e que com muita sorte não participaria de suas investidas. Eles tentaram, mas foram abraçados antes de seus sonhos se concretizarem. Leoriel executou a sua família tamanha a fome que se apoderara de seu corpo e por dois anos ele não viu Giovanna, que realizara o mesmo crime hediondo. Seus filhos estavam a salvo, estudando em países vizinhos enquanto seus pais aprendiam os segredos dos Ventrue para que crescerem e prosperassem com velocidade no mundo que em breve desbravariam.
Leoriel e Giovanna estudaram a manipulação de forma diferente, Leoriel foi obrigado a dominar aqueles que tentassem o dominar, mas Giovanna nunca estaria atrás de seu legado, fascinando seu marido com sua presença enquanto os outros comiam em sua mão. O casal perfeito.
Leoriel se mostrou ainda mais visionário ao trazer para sua família os conceitos dos Giovanni. Queria ser uma linhagem própria, queria levar o seu nome para o mundo e assim passou a estudá-los e a reproduzir seus conhecimentos.
William o’Gamatashi foi o primeiro. Abraçado por Leoriel, que não deu escolha ao seu próprio filho, William revoltou-se com a nova vida que levava e refugiou-se longe daqueles que um dia chamou de pais. Junto de sua filha, Ottavia, os dois tentaram reconstruir aquilo que lhes fora negado, alugando uma casa e contratando empregados para lhes servir. Por alguns anos suas vidas se tornaram especiais, mas quando Ottavia começou a cobrar de seu pai a companhia diurna, ele não pode mais esconder. Contara para sua filha que era um Ventrue e isto deu fim a luz que um dia enxergou no fim do túnel. Ottavia enxergou uma oportunidade, bela e jovem para sempre, acompanhada de seu pai. Ela o incomodou até a exaustão e quando por ele a abraçou, ela o Diablerizou.
Ottavia retornou para a família e esta fora a primeira prova do poder de Leoriel. Ela dominou sua neta e Giovanna não o impediu. Eles sabiam que nela habitava o início da decadência da família e não deixariam que um erro de seu odiado filho colocasse todo trabalho a perder. Ottavia teve sua memória distorcida e psiquê alterada com tantas dominações. Adotou o sobrenome Cervini devido a um empregado da família que sempre a ajudava e depois de alguns meses entendeu-se o seu estado. Era Caitiff, não possuía clã, e isto era perfeito. A guarda costas obediente, perfeita para acompanhar os exploradores do novo mundo. Ela foi obrigada a praticar artes marciais e quando se deram por satisfeita, ela desbravou o novo mundo.
Iulius Skruger foi uma notável adição a família Gamatashi. Quando Margarida o‘Gamatashi o apresentou a sua família, Leoriel viu nele o futuro de sua jornada. Doutor em seus estudos, Iulius era influente. Era o tipo de genro que Leoriel nunca esperou possuir. Sua filha era maravilhosa, mas o egocentrismo e machismo de Leoriel o faziam vê-la como aquilo que realmente era, uma mulher. Juntos, Margarida e Iulius tiveram três filhos, Lazoriel, Florência e Edward o’Gamatashi, três crianças que viveriam para encontrar no Brasil um lugar para chamar de casa. Quando a guerra começou, Iulius já havia sido abraçado por Leoriel e estava navegando para o Brasil junto de Ottavia, agora sua guarda costa. Os dois vieram com uma missão simples, investir na cidade que em breve abraçaria a família Gamatashi como sua. Ele assim o fez. Construiu hospitais, gerenciou o trafico de sangue na cidade e aliou-se a Camarilla. Suas ideologias eram nazistas, e seu clã favorecia a sua atuação. Junto de sua guarda costa, Iulius executou o príncipe da cidade e transformou-se ele mesmo em Príncipe da cidade de Porto Alegre no Rio Grande do Sul em 1936. Um reinado curto que terminou com sua morte em 1937 pelas mãos de sua própria sobrinha, Ottavia Cervini. Dizem que ela sempre desejou a morte da família que por tanto tempo a dominara, mas ninguém sabe onde ela está ou se sequer está viva. Margarida nunca ficou sabendo da morte de seu marido, já que ela mesma veio a encontrar seu fim em 1937, no exato ano em que a família veio para o Brasil. Entretanto, esta informação ficará me faltando.
Dos filhos de Margarida e Iulius, a história mais famosa é a de Lázaro. Um membro nobre da família que foi castigado como Gangrel após matar sua esposa, sua irmã, a esposa de sua irmã e seus dois filhos. Mas desta história eu gostaria de contar o lado que ninguém fala, o lado de Edward.
Edward o’Gamatashi nasceu em 1920 e cresceu junto de seus pais e irmãos nas terras da família na Itália. Diferente de Lázaro, que esbanjava sua força e habilidades físicas, ou de Florência que era tida como a mais inteligente da família, Edward era apenas mais um nome para a família. Sem talentos ou mérito próprio, ele tentava ao máximo impressionar seu pai Iulius, mas principalmente sue avô Leoriel, que por anos o viu como apenas uma criança mimada e de pouca interação. Edward cresceu e encontrou propósito em vida ao conhecer Marie Aida, uma jovem italiana que se apaixonou por ele e logo decidiram ter um filho, uma medida desesperada de possessividade. Em 1938 descobriu a morte de seus pais e abalado, ele aceitou a tutela de Leoriel e Giovanna como figuras a seguir e mudando junto da família para as terras brasileiras. Criou raízes em São Paulo, e só então começou a florescer como um membro respeitado da família Gamatashi. Seu pequeno Mikhail o’Gamatashi crescia em uma velocidade impressionante, mas antes de poderem dizer que eram felizes, os Gamatashi descobriram a traição de Marie Aida com o escritor Alphonse Aqueda. Leoriel ficou irado com a contaminação que acontecia em sua família, ordenando que Alphonse se matasse em frente de todos eles. Ninguém entendeu o que havia acontecido e logo todos tiveram sua memória apagada de tudo o que havia acontecido. Entretanto, Maria havia engravidado e um ano depois daria luz a Antonella Aida, minha mãe, a mulher que foi sentenciada a viver como um ramo menor do que os Gamatashi, uma mulher que foi sentenciada a viver como Toreadora, para servir aos caprichos dos Ventrue. Edward não sabe quem nós somos e hoje eu agradeço. Quando completou trinta e dois anos, Edward experienciou o maior de seus traumas. Não deveria estar em casa naquele dia. Leoriel havia pago uma viagem para eles, mas Edward desistira pouco antes da partida, retornando para casa devido a um pressentimento. Quando chegou, encontrou seus avós deliciando-se com sangue de jovens mortais. Eles e mais alguns membros da Camarilla de sua época. Eles ficaram irritados. Brandiram dominações contra os Malkavianos que deveriam estar de vigia e como prova de sua influência e de que nenhuma quebra de máscara seria tolerada, ele mesmo abraçou Edward, em frente aos seus colegas. Edward nunca pediu por aquela vida, e agora ele teria de mudar por completo. Para seus irmãos ele havia se mudado, de certa forma abandonado a família por ser quem ele era, um pária. Ele foi instruído por Leoriel e como missão de vida lhe foi atribuído estudar os princípios dos Giovanni. Pelos anos seguintes ele se viu como sombra de seu senhor, de seu avô, impossibilitado de falar com ele como membro da família, apenas como seu superior. Os anos passaram e Edward diminuira. Estava triste com sua vida, com a ausência de seus irmãos que agora via envelhecer. Ele perguntava para Leoriel quando os abraçaria, mas Leoriel apenas dizia que eles ainda não haviam provado sua importância para a família. Ele sentiu as palavras como uma indireta e naquele dia decidiu que precisava investir em sua própria carreira. Ele entrou em contato com membros do Clã Giovanni e eles lhe entregaram o futuro em uma bandeja. Deveria juntar a família, seus irmãos, para que recebessem os conselhos dos Giovanni todos de uma vez. Em 1952 Edward os convidou para um churrasco no sítio da família. Era dia, então ele não poderia comparecer até o anoitecer, mas quando a noite chegou, o que ele viu foi a destruição de sua família. Os Giovanni lhe obrigaram a assistir, a chacina Gamatashi. Disseram que a família de Edward nunca conseguiria se equiparar os Giovanni e como prova de sua húbris, o clã Giovanni havia terminado com o legado sanguíneo da família. Apenas uma criança fora poupada, Sebastian o’Gamatashi, abraçado pelos Giovanni como atestado de que esta criança nunca seria um Gamatashi e nunca seria bem vindo no clã dos Necromantes. Edward entrou em desespero e avisou Leoriel. Quando ele e Giovanna lá chegaram, descobriram que Lázaro estava vivo e decidiram sacrificar este membro da família para que mantivessem o nome da família. Pediram a um guarda-costas Gangrel que o abraçasse e logo apagaram sua mente. Lazoriel despertou e por longos setenta anos carregou consigo o peso de um crime que não cometera. Leoriel fez questão de que Edward para sempre se lembrasse da chacina que propiciara e deste então ele se encolheu em sua insignificância, vivendo como uma sombra acuada que nunca se recuperaria.
Mikhail cresceu para ser o verdadeiro nome da família Gamatashi. Herdeiro da fortuna, abriu bancos na cidade e investiu em empresas de computação. Era um nome famoso na cidade, famoso por sua ousadia e famoso por seus pecados, mas famoso apenas para os humanos. Mikhail foi abraçado com mais idade, precisava ter filhos para dar continuidade a linhagem Gamatashi e vinha postergando tamanha responsabilidade. Quando teve Altaria e Daliel com Alexandra Blazonte, logo foi abraçado e sua esposa esquecida nas ruas da cidade. Não se sabe qual foi seu pecado, só sabemos que ela nunca mais recobrou a sua sanidade ao se ver afastada de seus filhos. Mikhail passou a viver na sombra do então Primogênito Ventrue, Leoriel. Nesta altura, Giovanna estava lutando na Gehenna junto de suas generais, Leoriel era o Ventrue mais respeitado da cidade e Mikhail perdeu sua influência como humano para viver a margem de seu antepassado. Ele se aliou com os Sigma para eliminar a anarquia da cidade e uma nova decepção aconteceu. Seu filho Daliel fora morto pela Anarquia e Mikhail aumentou suas investidas. Tudo para acabar sendo morto, diablerizado por sua própria filha, Altaria, em uma sessão de intimação na própria Camarilla, mas isso vocês já sabem e a partir daqui eu não tenho mais história para contar.
— Lazáro sabe dessa versão? — Questionou Lucas, ainda de boca abera com o que acabara de ouvir
— Sabe. É por isso que eu vim contar para vocês. Porque Lázaro está indo atrás de Edward e uma vez mais a família perderá um membro.
— Desculpa Liza, mas a única certeza que eu tenho nesta vida. — Lucas pausou. — É a de que os Gamatashi devem morrer.
Iulius Skruger
1888-1936
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Iulius veio para o Brasil em 1928 a mando de Leoriel o'Gamatashi, seu Senhor e pai de sua esposa Margarida o'Gamatashi. Sua missão era a de investir no país e possibilitar a mudança da família Gamatashi para as terras tupiniquins. Encontrando Porto Alegre como residência, conheceu os altos Kindred da Camarilla, e investiu um grande montante de dinheiro no sistema de saúde da cidade. Suas ideias e ideologias criaram a base para realizar o plano de sua família e para facilitar sua vida como acionista e Membro da Ordem, Iulius veio para o Brasil com uma família falsa, versada em Português-Europeu, com autorização da Camarilla, já que, entendendo a pureza do Sangue Ventrue e influência da família Gamatashi, Iulius precisaria de sangue "puro" para poder atuar. Apesar de manter uma família humana como sua ser considerado quebra de máscara, Iulius entedia o perigo e não hesitaria em matá-los ou apagar a suas memórias.
De forma geral, sua família consiste em Tommaso Pagano seu Marido, Andrea Vacchiano sua Esposa, Leonardo Vacchiano Pagano seu Filho (16) e Ginevra Vacchiano Pagano - Filha (12). Os seus traços característicos são o sangue infértil, já que algo dera errado em seu abraço e Iulius é incapaz de abraçar um mortal. Caso o tente, fará com o que ele morra. e alguns tabus folclóricos como água benta e animais brancos, talvez uma analogia ao seu sadismo e posto na hierarquia social. E os mortais mais importanes, aqueles que forjaram suas convicções são Andrasso Malatesta - O antigo serviçal de sua casa na Itália, um eterno servente da Família Gamatashi e com quem aprendeu que não poderia pegar o que pertencia a outra pessoa. Andrea Vacchiano - Atual companheira que mesmo sem ter o que fazer em casa encontra algo pelo que se apaixonar. Entende que mesmo no nada, pode encontrar algo proveitoso. Lorenzo Galaretto - Em sua última visita a Grécia, seu melhor amigo Lorenzo comentou sobre como quase fora assassinados. "se eu tivesse entrado naquele prédio, teria sido meu fim, ainda bem que fui atrás de informação".